Pedro, o coelhinho, um dia saiu de sua cama com o pé esquerdo. Estava realmente de mau humor, desobediente, teimoso, manhoso. Não quis lavar seu rosto nem suas longas orelhas sedosas, e fez cara feia quando sua mãe serviu-lhe um prato cheio de alface e cenouras, coisas que ele normalmente gosta muito de comer. Empurrou seu prato que caiu no chão e quebrou. Isto foi demais para a paciência de sua mãe.
– Está bem, Pedro, disse ela. Você pode sair e vê se consegue coisa melhor. E só volte quando tiver aprendido a ser bonzinho e obediente.
Pedro achou ótimo e saiu saltitando. Pensou onde poderia ir tomar seu café da manhã. Lembrou-se então do cachorrinho que morava na fazenda, e aos pulos, foi lá.
– Bom dia, cachorrinho, disse Pedro. Queria saber se você tem algo de comer para um amigo faminto.
– Ah, você chegou na hora certa, acabei de desenterrar um osso, disse o cachorrinho. Quer roer um pouco?
– Não obrigada, disse Pedrinho. Não gosto muito de ossos velhos.
E rapidinho saiu pulando. Então se encontrou com o bezerro.
– Muh, muh, chamou o bezerro. Acabei de tomar o meu leite, mas posso dar-lhe algo desse belo feno.
– Não obrigada, disse Pedro, o feno me dá cócegas no nariz.
– Que tal um pouquinho de aveia, Pedro? Perguntou o potrinho.
– Não obrigado querido potrinho, acho a aveia muito seca.
– Béh, béh, fez a ovelhinha… Essas florzinhas estão deliciosas, muito docinhas. Sirva-se!
– Não, obrigado, não como flores. Não gosto de flores, disse Pedro.
Pedro então pulou até o laguinho e perguntou aos patinhos se não teriam algo de comer para ele.
– Quá, quá, disseram os patinhos. Pule na água, aqui há suficiente para todos.
– Ih, não, disse Pedro. Eu não sei nadar e não gosto de mingau de pato.
– Que fome! Pensou Pedro. Que devo fazer?
Talvez seja melhor ir para a floresta, talvez possa comer algo lá.
Um passarinho desceu voando de seu ninho.
– Posso tomar café da manhã com você? – perguntou Pedrinho.
O passarinho tirou uma longa minhoca da terra.
– Por favor, sirva-se! Dividirei tudo com você com muito prazer, disse gentilmente o passarinho.
Pedro se sacudiu:
– Mas eu não como minhocas!
Chegou o veadinho e disse: – eu acho melhor você ir para a casa e pedir para a sua mãe que lhe de algo de comer, pois ela sabe o que você gosta!
– Isso é realmente uma boa idéia, disse Pedro e foi-se embora saltitando. Estou com uma fome de alface e cenoura!
Pula, pula e já estava em casa. Sua mãe abriu a porta.
– Eh!, meu pequeno Pedrinho, achou algo para comer?
– Não, mamãe, respondeu Pedro. E agora eu sei que um grande prato de alface e cenoura é a melhor refeição do mundo para um pequeno coelhinho faminto.
Autor Desconhecido.
Se por acaso você conhecer a autoria dessa história, por favor, entre em contato conosco.