Era uma vez um macaco que viva numa mangueira perto da margem do rio. Certo dia, um crocodilo enorme se aproximou.
– Humm! – pensou o crocodilo. Estou com muita vontade de comer coração de macaco no jantar de hoje.
Então, ele disse para o macaco:
– Desça da árvore para brincar comigo.
– Eu não posso brincar com estranhos. – respondeu o macaco.
– Mas eu quero lhe mostrar uma mangueira do outro lado do rio, que é muito maior e dá mangas melhores do que a sua árvore.
– É mesmo? – Exclamou o macaco, que era muito guloso. – Mas eu não sei nadar.
– Não tem problema. – sorriu o crocodilo. Pule nas minhas costas que eu o ajudo atravessar o rio.
O macaco pulou nas costas do crocodilo. Logo estavam no meio do rio.
De repente, o crocodilo começou a mergulhar com o macaco ainda em suas costas.
– Socorro! Pára! Pára, crocodilo! Você está me afogando! – gritou o macaco.
– Segure-se e fique quieto, calado. – o crocodilo sorriu. Eu vou afogá-lo, pois hoje quero comer coração de macaco no jantar e você foi burro o suficiente por confiar em mim, em troca de simples mangas, as quais você já tinha de montão.
– Ah! – exclamou o macaco. Então é isso, eu gostaria que tivesse me contado a verdade. Aí eu teria trazido meu coração comigo.
– Que você quer dizer? Você deixou seu coração? – perguntou descrente, mas furioso o crocodilo.
– Mas é claro! Nesta selva perigosa os macacos não correm por aí com seus corações. – disse o macaco. Nós os deixamos em casa. Mas vou lhe dizer o que podemos fazer. Você me leva para a mangueira com frutas maduras, do outro lado do rio, e depois podemos voltar para pegar meu coração.
– Nada disso. – desdenhou o crocodilo. Vamos voltar e pegá-lo agora mesmo! Gritou o crocodilo. Segure-se firme, que eu vou nadar muito rápido, quero logo o seu coração.
– Tudo bem. – concordou o macaco.
Então o crocodilo deu meia-volta e rumou para a mangueira do macaco. Assim que eles chegaram à margem, o macaco subiu na árvore, jogou uma manga na cabeça do crocodilo com toda a força e gritou lá de cima:
– Meu coração está aqui comigo, seu crocodilo bobo! Se quiser comê-lo, suba e venha pegá-lo. – dando muita risada.
Autor Desconhecido.
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