De repente, a mãe da Lua olhou para o céu e viu sua filha: toda cheia, brilhante, iluminada e nua!
Pensou então em fazer um vestido para que ela não ficasse tão exposta. Voltou para casa, pegou a fita métrica, mediu daqui, mediu dali, cortou o vestido e, quando terminou, lá foi ela vestir sua filha.
Mas o tempo tinha passado e a Lua já estava em outro quarto, ou seja, outra fase como costumam dizer, tinha emagrecido e o vestido não serviu.
A mãe da Lua então voltou para casa, cortou aqui, costurou ali e novamente aprontou o vestido e foi ao encontro da filha para vesti-la e achou só o seu rastro.
A mãe da Lua voltou para casa, esperou uns dias e logo a Lua apareceu novamente. Muito zelosa, lá foi ela, mediu de novo, fez os devidos reparos no vestido, voltou para experimentar e novamente o vestido não serviu.
Ela tentou mais uma vez arrumar o vestido, mas novamente ele não serviu, pois a Lua estava novamente esplendorosa, toda cheia, brilhante, iluminada, sensual e nua!
A mãe da Lua, então, resolveu deixá-la assim mesmo para que ela fosse amada e admirada por poetas e enamorados.
História recolhida de um paciente do Hospital Bom Retiro – Curitiba/PR.
