O mensageiro de São Nicolau, caminhando pela roda das estrelas, encontrou-se lá em cima com Maria, mãe de Jesus. Ela andava, assim ele contou às crianças, de uma estrela para outra a pedir dádivas para seu filhinho.
Tudo o que queria era poder fazer uma camisola para envolvê-lo quando chegasse à Terra.
Para isso, cada estrela do céu, da grande roda dos 12, deu-lhe fios de ouro da sua coroa de raios. Todas as forças augustas do céu, sol e estrelas migrantes, saudaram-na e ajudam-na.
Enquanto a Terra, no decorrer de um ano, dava a volta em torno do sol, o caminho de Maria ia de estrela em estrela. Nas grandes festas celebradas na Terra pelos homens, na Páscoa, em Pentecostes, as suas mãos trabalham diligentemente, e ela pôs fio sobre fio, vez a vez, tecendo um tecido tênue, luzidio. Todo ele era luz e claridade.
Ela apressou o seu trabalho. Na noite de Natal, a camisola devia estar pronta. Sempre lhe vinha o receio de não consegui-lo, pois o ouro das estrelas não se mantinha na trama por si só. Continuamente, os fios de ouro também eram colocados, se irradiavam e se expandiam. Foi então que apareceram junto dela, como fiéis ajudantes, os anjos das crianças boas que viviam aqui na Terra. Eles levaram para cima, em suas mãos puras, as boas ações, os bons pensamentos, e as boas palavras de crianças.
Lá no alto, tudo se transformou em ouro, e esse é o ouro terreno das almas das crianças. Suavemente, brilhou nos fios tremeluzentes. E foi com esses fios de ouro da Terra que Maria juntou e entrelaçou os fios de ouro do céu e preparou para o MENINO JESUS a camisola da Noite de Natal.
Todas as crianças boas podem se tornar, portanto, seus auxiliares.
Karl Schubert