– “Vai haver festa no pomar!”
A notícia se espalhou rapidamente e logo as frutas se reuniram para decidir quem deveria participar da grande festa.
O Morango, que era o presidente da comissão pelos direitos das frutas, abriu a sessão e foi relacionando quem seria convidado. Quando chegou a vez do Limão, falou: “- Quem estiver a favor de convidar o Limão, erga a mão”.
Um grande silêncio se fez. Nenhuma mão se levantou. Ninguém queria o Limão, por que ele era muito azedo. Ele estragaria qualquer reunião.
O Limão, de longe, observava tudo e ficou ainda mais azedo por não participar.
Foi então que a Batata, que por ali passava, fazendo sua habitual caminhada matutina, viu o Limão no canto, isolado, e perguntou: “- Você não vai à festa do pomar?”
Envergonhado, o Limão teve de dizer que não poderia ir, porque as frutas o achavam muito azedo.
Dona Batata era uma senhora distinta e esclarecida, e o convidou para ir à festa da horta. ” – Vamos fazer uma grande salada, disse. E você vai temperá-la!”
O Limão aceitou o convite e foi junto com a Batata. A festa estava sendo um sucesso!
Com a Alface abraçada à Cebola, o Agrião enroladinho na Vagem, todos felizes.
Quando a festa já estava no meio, deram-se conta de que faltava o Jiló.
– Ah! disse a Cenoura, ele me falou que não vinha porque se sentia amargo demais hoje.
O Tomate, corado de tanto dançar, propôs: “- Se ele esta amargurado, não pode ficar sozinho, vamos buscá-lo.”
Por fim, decidiram que, em vez de buscar o Jiló, todos deveriam ir a casa dele e continuar a festa lá mesmo. Eram tantas verduras e legumes! Entretanto, todos se acomodaram bem na casa do Jiló e a festa se prolongou por todo o dia.
No final da tarde, o Boldo chegou para participar do chá das cinco, junto com a Hortelã, o Capim-limão e a Erva-cidreira. Foi uma verdadeira confraternização!
Autor Desconhecido.
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