O coelho e a lua

Nabusi, o grande chefe da tribo, falecera. Homens e mulheres choravam sua morte. A Lua teve compaixão deles. Chamou então o coelho e disse:

– Vá, corra nas aldeias dos homens e fale o seguinte: Não chorem mais. Nabusi vive. Olhem a mim. Todo mês eu morro, mas depois brilho de novo. O mesmo acontece com vocês: morrem e depois acordam para uma nova vida.

O coelho, que não gostava dos homens, porque às vezes o caçavam com seus cachorros, foi e falou aos homens:

– Assim diz a Lua: não adianta chorar. Olhem a Lua. Ela, depois de morrer, nasce de novo. Mas com vocês é o contrário: quando morrem, morrem mesmo.

E foi-se embora.

Os homens e mulheres da tribo de Nabusi continuaram a chorar em desespero.

A Lua, percebendo a mentira do coelho, e enraivecida com ele, pegou um osso e jogou-o nele, acertando bem na frente do seu rosto. Desde então, todos os coelhos têm uma fenda na boca.

E esse coelho teve filhos, esse mais filhos, e outros e outros, e todos, mas todos, nasceram com a mesma fenda na boca…

Autor Desconhecido.
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