O ovo de Colombo

Conta-se que em uma ocasião, Cristóvão Colombo foi convidado para um banquete onde lhe haviam designado, como é natural, um posto de honra.

Um dos convidados era um cortesão que estava muito enciumado com o grande descobridor. E quando teve a oportunidade dirigiu-se a ele e lhe perguntou de uma forma um tanto impertinente:

– Se você não tivesse descoberto a América, por acaso não existem outros homens na Espanha que poderiam fazê-lo?

Colombo preferiu não responder diretamente àquele homem. Lhe propôs uma prova antológica: Levantou-se, pegou um ovo de galinha fresco e convidou a todos os presentes que tentassem colocá-lo de forma que se mantivesse em pé sobre um dos seus extremos.

A ocorrência teve bastante aceitação. Quase todos os presentes entraram logo naquele jogo e tentaram um após o outro, uns com mais, outros com menos convicção, ante o olhar atento dos demais. Mas passava o tempo e ninguém conseguia descobrir a maneira de conseguir que aquele ovo danado mantivesse o equilíbrio.

Finalmente Colombo se pôs em pé, com ar solene, se aproximou, pegou o ovo e o bateu levemente contra a superfície da mesa até que quebrou um pouco da casca de uma das pontas e graças a este pequeno achatamento o ovo se manteve perfeitamente na posição vertical.

– Claro que desta maneira qualquer um pode fazê-lo! – objetou um pouco alterado, o cortesão.

– Sim qualquer um. Mas “qualquer um” ao que se lhe tivesse ocorrido fazê-lo.- E acrescentou:

– Uma vez eu mostrei o caminho ao Novo Mundo, “qualquer um” poderá segui-lo. Mas “alguém” teve antes que ter a ideia. E “alguém” teve depois, que decidir-se a colocá-la em prática.

Extraído de: Você é o responsável

Janett Rainwater Summus Editorial

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