Conta uma lenda que, no princípio do mundo, quando Deus decidiu criar a mulher, viu que havia esgotado todos os materiais para fazer o homem e não tinha do que dispor.
Diante deste dilema e depois de uma profunda meditação, fez isso:
Pegou a forma arredondada da lua…
As suaves curvas das ondas…
A terna aderência das bromélias…
O trêmulo movimento das folhas…
A forma esbelta da palmeira…
A nuance delicada das flores…
O amoroso olhar do cervo…
A alegria do raio de sol e as gotas do choro das nuvens…
A inconstância do vento e a fidelidade do cão…
E a vaidade do pavão…
A suavidade da pena do cisne e a dureza do diamante…
A doçura da pomba e a crueldade do tigre…
O ardor do fogo e a frieza da neve.
Misturou ingredientes tão diferentes, formou a mulher!!!
E deu ao homem!!!
Depois de uma semana veio o homem e lhe disse:
– Senhor, a criatura que você deu me faz desgostoso, quer toda minha atenção, nunca me deixa sozinho, fala sem parar, chora sem motivo, se diverte em me fazer sofrer, venho a devolvê-la porque não posso viver com ela.
– Bem…, respondeu Deus e pegou a mulher.
Uma semana se passou e o homem voltou e lhe disse:
– Senhor, me encontro muito sozinho desde que eu devolvi a criatura que fizeste para mim, ela cantava e brincava ao meu lado, me olhava com ternura e o seu olhar era uma carícia, ria e seu riso era música, era bonito de se ver e suave ao tato. Devolva-me! Não posso viver sem a mulher!
Autor Desconhecido.
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